quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fogo

Fogo. FOGO. Quase assim, literal. E isso é tudo que ela sente. Sente um arder no peito, na mente, no ventre e mais abaixo... Fogo que a consome, das mais apaixonadas às mais desapaixonadas atitudes... Não. Apaixonadas, sim. Podem muitas vezes não ser boas, mas há paixão em tudo que se manifesta nela, com ela, através dela, dentro dela.

Fogo.

O mesmo fogo que usa para amar, odiar, chorar, ler, escrever, desenhar, cantar, correr. Tudo a consome como se fosse a mais pura lenha, lenha pura e seca que queima sem pudor, assim como ela tantas vezes o fez queimar e suspirar em noites de sua mais pura devoção e, de seu estado de brasas quentes, levemente adormecidas, com seu beijo doce lhe despertou o mais sincero

Fogo.

Dia após dia, o mesmo fogo queima, consome, ora cá lhe aquecendo para dormir, ora lá queimando sua face branca com lágrimas ferventes, mas são sempre as mesmas chamas, as mesmas chamas... Sempre as mesmas... As mesmas... Sempre...

Ardente é a paixão com que ama, odeia, se assusta, se desassusta, chora e grita!!!

Assim como fogo, incendeia e apaga. Demoradamente... Ou não. Normalmente se vai como vem, mas está sempre lá, presente.

Por que há, então, de ser tão nocivo tal fogo que parte tão rápido como chega, e é o mesmo que queima e queima e que a consome como lenha, seja para chorar, seja para agir, seja para amar?

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