terça-feira, 26 de junho de 2012

Pensar demais, viver de menos.

Nada como um dia de chuva para que eu divague sobre a água. Nada como um dia nublado para me fazer refletir sobre as nuvens. Não há um único dia de sol que não me faça pensar sobre tamanho do universo, ou noite estrelada que não me faça questionar as distâncias.

Encontrar algo nesta existência cinzenta que te lembre o seu próprio mundo azul (verde, colorido) não tem preço. É como perceber que ainda há esperanças. Uma música, um livro, um filme, o que for. É como uma corrente de água morna em um oceano gelado. E as pessoas que aparecem por algum cruzamento de estradas imaginárias, toques preciosos de veracidade a um mundo coberto por brumas, corajosas o suficiente para seguir os caminhos errantes da imaginação.

Eu sou a garota na janela, sentada sobre o beiral, que olha a noite cair como a própria vida que passa. Pensar demais,viver de menos. Eterna sina. Criar um mundo de sonhos extremamente doces para facilitar a difícil existência sem graça.

Um comentário:

  1. Como não me identificar nesse texto? Belo, triste e sentido, como se cada característica da alma estivesse presente nas palavras. Beijos.

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